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sexta-feira, 20 de maio de 2011

OBRA: “O Velho e o Mar"

Autor: Ernest Hemingway 

Origem da literatura: Norte Americana 

Editora, Data da publicação, Páginas: Ed. Globo, 2003, 17ª Ed. 95 páginas.

Personagens: O velho pescador Santiago e seu fiel amigo Manolin. 

Obra: O livro foi escrito em 1952 e retrata um episódio da vida de um pobre e velho pescador, que ficara 84 dias sem conseguir pegar um peixe sequer. Isso faz com que passe a ser alvo de chacota e zombaria pelos seus colegas, que consideram que havia chegado o fim de sua carreira. Até mesmo o menino Manolin, seu amigo fiel ajudante e discípulo, o único a acreditar nas habilidades do velho pescador, fora proibi- do pelo pai de acompanhar Santiago nas pescarias, pelo risco de trazer azar para casa. Em dado momento, Santiago vê-se diante de uma imperiosa neces- sidade de resgatar sua auto-estima, recuperar seu prestígio peran- te seus pares e provar a si mesmo que não havia sido brindado com uma dose exclusiva de má sorte. Lançou-se ao mar, com pouca água, com iscas preparadas por Manolin, alimentava-se de peixes pequenos e muita reflexão sobre valores. Sua persistência foi recompensadora. Fisgou um peixe de 5 metros. Ainda assim encontrou sérios problemas para manter o peixe fis- gado, tendo que lutar contra a força e a resistência do gigante, além de ter que se esquivar dos tubarões que haviam sido atraí- dos por tão nobre iguaria. No final da longa jornada, chega à praia exausto, apenas com o esqueleto do seu peixe, fisicamente ferido, mas com a alma sã. Foram colocadas em prática sua experiência de pescador, determi- nação, paciência, perseverança e sabedoria.

Opinião: A obra demonstra como a capacidade humana é ilimi- tada, de modo que toda forma de superação seja sustentada por um tripé formado por paciência, sabedoria e perseverança. 

Citações de “ O Velho e o Mar “: ... “ um homem pode ser destruído, mas nunca derrotado “ ... 

Data da resenha: 20 de Maio de 2011. 

Autor da resenha: Márcio A. S. Ferraz 

Local: Alameda das Paineiras, 60 - Itapevi – S.P

OBRA: “ 1.984 “

Título Próprio: “ O Cárcere “


Autor: George Orwell

Origem da literatura: Norte Americana

Editora, Data da publicação, Páginas:
Ed. Cia Editora Nacional, 2005, 29ª Edição, 199 páginas


Personagens: Winston Smith, Júlia e o Grande Irmão

Obra: A trama passa-se no ano fictício de 1984 época em o mundo
ficaria submetido a um totalitarismo implacável, sendo que tudo
passaria a ser controlado pelo Governo, mantendo as pessoas no
mais absoluto estado de alienação.
Num primeiro momento a mundo seria dividido em três grandes
regiões, a Eurásia, a Lestásia e a Oceania, todas elas submetidas à
mesma forma de ideologia.
De acordo com as premissas básicas do Partido, a liberdade seria
totalmente cerceada, de modo que, para efetuar esse controle
haveria uma Polícia do Pensamento para identificar aqueles
indivíduos que tivessem qualquer tipo de ideologia que divergisse
do Partido ( esse comportamento era chamado de “ crimes-idéia “.
Todas as pessoas também seriam submetidas a um controle visual,
onde em cada moradia haveria “ teletelas “ monitorando cada pas-
so do cidadão.
Outra forma de controle seria através da criação de uma nova forma de se comunicar, criando-se a Novilíngua.
Esse recurso seria fundamental para que as pessoas não pudessem
Mais dispor de recursos lingüísticos para elaborar uma oposição
às condições determinadas pelo Governo.
O protagonista Winston Smith, trabalha no Ministério daVerdade,
mas intimamente não aceita os métodos utilizados pelo Estado e
seu suposto chefe-maior, O Grande Irmão ( Big Brother ).
Tem um romance com Júlia, que compartilha as mesmas idéias de
Winston, que será em dado momento preso e torturado, cuja con-
sequência será a aceitação dos ideais do Grande Irmão.

Opinião: Esse livro pode ser considerado um manual para identi-
ficar situações que possam levar a sociedade a submeter-se a um
autoritarismo indiscriminado, passando pelo risco de controle
da liberdade de pensamento e de escolha até o cerceamento das
mais nobre das possibilidades humanas que é o livre-arbítrio.


O AUTOR:

Data da resenha: 16 de Maio de 2011

Autor da resenha: Márcio A. S. Ferraz

Local: Alameda das Paineiras, 60 - Itapevi – S.P

OBRA: “ Manuscrito Encontrado numa Garrafa “

   Título Próprio: “ Só, à deriva “






Autor: Edgar Allan Poe

Origem da literatura: Norte Americana

Editora, Data da publicação, Páginas:
Ed. Ediouro, 1996, 20 Páginas.
Descrição da estrutura: Obra é um conto que pertence ao
Volume “ Histórias Extraordinárias “ ( 1837 ). Conto de 20 páginas.

Personagens: Não há nomes. Existe um personagem-narrador,
e “figurantes” que participarão da narrativa.

Obra: O anônimo personagem-narrador fala sobre uma viagem
de barco, aliás sua última. Datada do século 19, essa viagem tem
início no porto da Batávia, localizado na rica e populosa ilha de
Java ( Indonésia ). Ia na condição de passageiro, apreciando o
clima e paisagens típicas locais, sempre muito inquieto, sua parti-
cular característica, inquietude derivada do seu senso imodesto
de genialidade árida.
Em dado momento, tem um pressentimento que as condições do
clima inspirariam cuidado. Procura o capitão da embarcação, mas
é desprezado. Sua informação não causou preocupação.
No início da madrugada, no entanto, um vagalhão invade o barco causando enorme destruição, restando apenas dois“sobreviventes”,
o narrador em questão e um velho sueco.
Os dois ficam à deriva por dias com a embarcação muito avariada
quando ocorre uma sequência de vagalhões provocando novo
desastre, onde um outro navio choca-se com o deles. O narrador,
pelo impacto, é arremessado para dentro do navio, tornando-se
o único sobrevivente.
Ali permanece por muito tempo de forma clandestina.
Fato é que, em dado momento, percebe não precisar se esquivar
dos demais tripulantes uma vez que não era fisicamente notado,
mesmo quando compartilhavam o mesmo recinto da embarcação.
Considerando o marcante estilo de E.A.Poe, que se tornou um
mestre na arte de criar um clima de mistério, terror e fantasia a
partir de situações comuns, pode-se interpretar que, a partir da
colisão das duas embarcações, alguém está morto.
A tripulação pode estar morta, o narrador pode estar morto ou
ainda, todos poderão estar mortos.
Assim, a viagem teria a finalidade de ser um purgatório que an-
tecederia o destino final de cada um.

Opinião: Obra com caráter de proximidade do realismo fan-
tástico, com ares de mistério e incerteza.
Dá liberdade para se fantasiar o senso interpretativo do leitor.

Citações de “ Manuscrito Encontrado numa Garrafa “:
... “ meus hábitos de análise rigorosa me capacitavam a descobrir-
lhes as falsidades. Fora muitas vezes censurado pela aridez de meu
gênio “ ...



O AUTOR:




Data da resenha: 20 de Maio de 2011

Autor da resenha:
Márcio A. S. Ferraz

Local: Alameda das Paineiras, 60 - Itapevi – S.P

quinta-feira, 19 de maio de 2011


OBRA:  “ A Morte de Ivan Ilitch “


Título Próprio: “ Agonia Social "


Autor: León Tolstoi
Origem da literatura: Russa

Editora, Data da publicação, Páginas:
Ed. L&PM Editores, 1997, 109 páginas.

Descrição da estrutura: Obra dividida em 12 capítulos, num
total de 109 páginas.

Personagens: Ivan Ilitch ( protagonista ), Praskovya Fiodorovna ( esposa ), Piotr Ivanovich ( suposto amigo ), Gerassim
( empregado ), Lisa ( sua filha ), Vladimir ( seu filho ).

Obra: Ivan Ilitch, um burocrata soviético, magistrado do Tribunal de Justiça de São Petersburgo, morrerá ao final dessa
novela. Isso, o próprio título nos traz.
Ivan será submetido a uma série de infortúnios que servirão para
lapidar seu senso crítico em relação ao seu contexto familiar e
alguns valores relacionados à sua vida profissional e ao que a so-
ciedade valoriza.
Um leve ferimento doméstico dá início ao seu calvário solitário.
O texto inicia-se com a notícia de sua morte. O comportamento dos
seus colegas perante tal notícia já poderia ser presumido por Ivan
ao final dos seus dias, depois de muita reflexão solitária.
Ao invés de tristeza, pesar, lamento, surgem de imediato especula-
ções acerca da dança dos cargos, pela vaga deixada pelo “ ex-ami-
go”, oportunamente morto.
Ivan vive com intensidade ímpar sua ansiedade, sua perplexidade,
seu inconformismo e revolta com a evidente e iminente proximi—
dade de sua própria morte, apesar de num primeiro momento re-
sistir muito a ser alcançado por ela.
O que baliza a mensagem proposta por Tolstoi nesse texto é, de fa-
to, um recado ácido e rude às distorções vividas na sociedade
em questão. E o que é ainda pior, é que a Morte de Ivan Ilitch
permanece atual e será por muito tempo, atemporal !
Toda revolta e inconformismo já descrito, vividos por Ivan, se
aplicam, de início, num momento pós-mortem, em que seus ex-co-
legas de trabalho preocupam-se, de imediato, com a dança dos
cargos que a morte de Ivan proporcionaria, sem que houvesse por
parte de qualquer um a mínima demonstração de lamento ou
pesar pela perda do companheiro.
Já no velório, dois episódios lamentáveis ! Sua esposa, em pleno
velório, busca informações de como conseguir uma maneira de
extorquir um pouco mais de dinheiro do governo e melhorar a
quantia recebida de pensão pós morte. O outro episódio é protago-
nizado pelo seu “ grande amigo” Piotr Ivanovich, que tenta de to-
da maneira se desvencilhar do velório para não perder sua noite
de jogo de cartas.
Ivan sofre com sua doença, mas sofre mais ainda com a falta de prazer em estar com a família, além de sentir o desinteresse e
menosprezo pela gravidade do seu estado de saúde, por todos ...
Era alvo da solidariedade humana, apenas por conta de seu em-
pregado camponês Gerassim, fidelíssimo e desinteressado compa-
nheiro.
Nem mesmo a comunidade médica foi capaz de demonstrar aco-
lhimento. Um grande e lamentável exemplo de contra-medicina.
Por fim, Ivan morre incrédulo. Mas não incrédulo com a morte.
Incrédulo com a miséria social, com a miséria de solidez familiar,
com a miséria de solidariedade cotidiana, com a miséria de
doação involuntária desprovida de interesse, com a miséria de
fé no próprio homem . . .

Opinião: Trata-se de um texto atemporal, uma vez que é plena-
mente ilustrativo no tipo de sociedade vigente.

Citações de “ A Morte de Ivan Ilitch “:... “ à medida que a esposa ia ficando mais irritada e exigente, Ivan Ilitch ia transferindo o centro de gravidade de sua existência da família para o trabalho. Tornava-se cada vez mais absorvido por suas tarefas oficiais, com uma ambição que jamais tivera” ...


O AUTOR:



Data da resenha: 19 de Maio de 2011

Autor da resenha: Márcio A. S. Ferraz

Local: Alameda das Paineiras, 60 - Itapevi – S.P

terça-feira, 17 de maio de 2011


OBRA: “ Mais Uma Vez é Preciso Recomeçar “


Título Próprio: “ Tempo de Lição “





Autor: Marise Ceban - pelo Espírito Sofia

Origem da literatura: Brasileira

Editora, Data da publicação, Páginas: Ed. CEAC, 2009,
351 páginas.

Descrição da estrutura: Obra dividida em 2 partes, sendo
a parte 1 até a página 238 e a parte 2 até a página 351.

Personagens: Lídia ( Sofia ), seus pais Bassiliev e Helena e seu
irmão, Ivan. Esse é o primeiro núcleo familiar; Dimitri, Kripsia e
Tífia; Weruska ( amiga de D. Helena ); Isolda e Petrúvia ( amigas
de Lídia ); Família Grinspy formada pelo Dr. Arthur Grinspy e
sua mulher, D. Waltraud e seus filhos Rinha e Arthur Sell; Helga,
a secretária de Dr. Arthur; Kriev Grovischi, o pai de Kripsia, Sérvia, irmã de Kriev e tia de Kripsia e Boris, marido de Sérvia;
Os filhos de Lídia com Kriev, Bochenko e Krovienko.

Obra: Trata-se de uma saga iniciada em 1914, na Sibéria, onde
Lídia, ainda menina precisou trabalhar como doméstica na família de Dr. Arthur com a finalidade de custear o tratamento de seu irmão Ivan, esse portador de uma doença degenerativa incurável. Sempre vítima de interesses menos dignos, principal-
mente Kripsia e Dimitri, os estelionatários da saga, interessados
nos bens da família Grinspy. Lídia torna-se esposa do velho Kriev,
à força, sem poder algum de escolha, tendo com ele dois filhos, Bochenko e Krovienko.
Lídia é convidada para acompanhar Dr. Arthur Sell, para ajudá-
lo a se proteger da famigerada Kripsia, numa empreitada doloro-
sa. Iriam para o Brasil, mais especificamente a Amazônia, afim de
lapidar seus estudos e conhecimentos em doença tropicais.
Lídia fora abandona pelo médico e passou a sobreviver na selva amazônica com seus dois filhos. Longa e dolorosa passagem.
Após sua morte, é recebida por espíritos desenvolvidos que lhe pro-
porcionam a chance de compreender a relação existente entre todos os personagens e as devidas justificativas para cada uma de suas existências, uma a uma. Além disso, Lídia ( Sofia ) teve a oportunidade de colaborar diretamente na melhora das trajetórias de seus filhos.

Opinião: Obra que mostra a relação entrelaçada que acontece na
amplitude e extensão da vida. As relações de causa e efeito baseadas no nosso próprio livre arbítrio. Em algum momento, nossas atitudes e comportamentos serão avaliados e passíveis de serem corrigidos e melhorados. Teremos sempre essa oportunidade
e obrigação, a de melhorar, em algum tempo.

Citações de “ Mais uma vez é Preciso Recomeçar “:“... a reencarnação é uma grandiosa oportunidade de aprendizado ...”
“ ... você nada construirá sem a sua vontade...”
“ ... o livre arbítrio impera soberano ...”
“ ... a ganância supera os limites ...”


A AUTORA:


Data da resenha: 31 de Março de 2.011

Autor da resenha: Márcio A. S. Ferraz

Local: Alameda das Paineiras, 60 - Itapevi – S.P

OBRA: “ Renascendo do Ódio “


Título Próprio: “ O Retorno “






Autor: Wanda A. Canutti ( pelo Espírito Eça de Queiroz )

Origem da literatura: Brasileira

Editora, Data da publicação, Páginas: Ed. EME, 2010,
272 páginas.
Descrição da estrutura: Obra dividida em 19 partes, num total de 272 páginas.

Personagens: Luís e sua esposa Helena, Cláudio ( irmão de
Luís ), Aline ( irmã de Luís ), Cecília ( filha de Luís e Helena ),
a mãe de Luís e seu colaborador, Juvenal.

Obra: Trata-se de uma obra que retrata a dinâmica que envol-
ve o espiritismo. O ambiente é o da França do século 18/19, onde
um jovem abastado apaixona-se por uma linda e humilde florista
chamada Helena.
Casam-se e vão viver sob o mesmo teto juntamente com os irmãos
de Luís, Cláudio e Aline. Com o tempo, Cláudio passa a assediar
Helena que não corresponde às investidas do cunhado, fato esse
que muito o aborrece.
Numa discussão entre irmãos, Cláudio é morto acidentalmente
pelo irmão Luís. Quando Cláudio compreende que não mais vive
no ambiente terreno, revolta-se contra o irmão e sua mulher e pas-
sa a elaborar um plano de vingança, com base em ódio e inconfor-
mo. Para executar seu plano instala-se na sua antiga casa e passa
induzir Luís e Helena a atitudes que os leva à separação.
Por intermédio de espíritos mais desenvolvidos – como sua mãe –
Cláudio será conduzido a completar sua trajetória interrompida
( acidentalmente ) pelo irmão. Considera-se que a única maneira
de Cláudio recuperar-se de sua condição de ódio extremo é ser
amado, também ao extremo. Para tanto é preparado para retor-
nar à vida terrena na condição do segundo filho de Luís e
Helena.

Opinião: Trata-se de um gênero literário diverso em que se expõe
uma das formas, uma das alternativas, uma das possibilidades
acerca do que nos é reservado após a morte.
Nesse episódio, o que se retrata é que rigorosamente seremos sub-
metidos a uma continuidade no plano espiritual com o necessário aperfeiçoamento do indivíduo após o fim da existência terrena.

Não cabe nenhum juízo de valor, apenas a constatação do que
essa obra nos apresenta.

Ensinamentos: Exposição a uma alternativa do destino que
temos após a morte.


OS AUTORES:




 
Data da Resenha: 09 de Março de 2.011

Autor da resenha: Márcio A. S. Ferraz

Local: Alameda das Paineiras, 60 - Itapevi - S.P
OBRA: “ Nosso Lar “


Título Próprio:
“ Vida “



Autor: Francisco Cândido Xavier pelo Espírito André Luiz

Origem da literatura: Brasileira

Editora, Data da publicação, Páginas: Ed. FEB, 1944,
319 páginas.

Descrição da estrutura: Obra dividida em 50 capítulos, num
total de 319 páginas.

Personagens: André Luiz (Espírito narrador); Clarêncio (mentor espiritual na colônia); Lísias (1º amigo a acolhê-lo na saúde); Zélia (mulher de André); Laura (mãe de Lísias);
Ministro Genésio (responsável pela Câmara de Retificação); Tobias e Narcisa (auxiliares na Câmara de Retificação);
Ministra Veneranda.

Obra: O personagem-narrador André Luiz expõe os caminhos
percorridos após sua morte. Passo a passo conta como um repórter
quais os caminhos percorridos até chegar numa colônia espiritual
que tem como objetivo dar uma oportunidade de recuperação aos
desvios dos espíritos durante a passagem pela Terra.
Os espíritos menos evoluídos e com grandes débitos, passam primeiramente por uma região pouco agradável chamada
Umbral, até que tenham condições mínimas de serem resgatados
para uma colônia de recuperação, fato ocorrido com André Luiz.
A obra demonstra claramente como se dá o processo de continui-
dade da vida após a morte física. Nessa colônia ( Nosso Lar ), o comando é exercido pelo Governador Espiritual.
A colônia é dividida em seis ministérios, cada qual com 12 ministros auxiliares, num total de 72 ministros.
Os ministérios obedecem uma hierarquia assim disposta em ordem
crescente de evolução:
Ministério da Regeneração, Ministério do Auxílio, Ministério das
Comunicações, Ministério do Esclarecimento, Ministério da
Elevação e Ministério da União Divina.
Trata-se de uma divisão organizacional onde cada um terá sua atribuição de modo compatível com suas necessidades e deficiên-
cias a serem restauradas.
O processo evolutivo oferece basicamente dois caminhos, ou o indi-
víduo ascende na graduação evolutiva ou retorna à Terra em
busca do resgate dos seus débitos acumulados.

Opinião: Essa obra tem a particularidade de despertar o interes-
se acerca do que nos aguarda após a morte física, para os que se
interessam por essa condição. Para aqueles que pouco se impor-
tam ou para os céticos ou agnósticos, ao menos desperta curiosi-
dade pelos fenômenos descritos na narrativa.
Difícil mesmo, é ficar indiferente...

Citações de “Nosso Lar”: ...” fé é algo que permanece acima de
toda cogitação meramente intelectual ...”
...” a vaidade nos rouba a chave do cárcere ...”



AUTORES:




Data da resenha: 08 de Abril de 2.011

Autor da resenha: Marcio A. S. Ferraz

Local: Alameda das Paineiras, 60 - Itapevi - SP
OBRA: “ A Cabana “


Título Próprio: “ Encontro Marcado “



Autor: William P. Young

Origem da literatura: Norte Americana

Editora, Data da publicação, Páginas: Ed. Sextante, 2007,
230 páginas.

Descrição da estrutura: Obra dividida em 18 capítulos, num total de 230 páginas.

Personagens: Mackenzie Allen Phillips ( Mack ), Nan ( esposa )
os filhos Missy, Kate, Josh, Jon e Tyler, Willie ( o amigo ), Papai, Jesus, Sarayu, Sophia.

Obra: Num certo fim de semana, Mack está em um acampamento com seus três filhos mais novos Missy, Kate e Josh. Sua caçula, Missy, é sequetrada e há fortes indícios de que fora assassinada em uma velha cabana abandonada, sendo que seu corpo jamais fora encontrado. Fato que se passaram mais de quatro anos e Mack não consegue livrar-se de uma profunda tristeza que o consome, tanto pela saudade, pelo inconformismo, pela falta de compreensão dos motivos, quanto principalmente por uma velada revolta com Deus por sua suposta omissão e permissividade. Mack não consegue compreender, em resumo, qual a verdadeira finalidade de Deus e finalmente porque permitiu um episódio tão selvagem com uma criança... Por que não protegê-la ??!!
Certo dia, Mack recebe via correio, um bilhete supostamente assinado por Deus, onde é convidado para retornar à fatídica cabana para passar um final de semana.
Aceito o convite, depois de muita dúvida e insegurança, Mack encontra-se com Papai ( Deus ), Jesus e Sarayu ( Espírito Santo ) e durante todo o final de semana haverá um certo “ acerto de contas” entre Deus e Mack.
As incompreensões virão à tona, algumas justificativas impensadas e supreendentes por parte de Deus, Jesus e o Espírito Santo sempre de modo muito afável e paciente, sempre havendo muita clareza do quanto são tolerantes em relação às nossas mais profundas limitações, tipicamente humanas e muita reflexão sobre os valores da vida e da morte, sobre perdão verdadeiro, dor, fé, confiança, amor e a simplicidade das nossas atitudes. Nossos verdadeiros valores do dia-dia.

Opinião: Trata-se de uma obra que nos incita a ao menos cogitar a possibilidade de termos e permitir a participação efetiva de Deus em nossas vidas. Despertar alguns valores fundamentais e simples que deixamos de lado em nosso cotidiano pela eficiência de sermos devorados pelo tempo ... Desperta a importância de vivermos mais simples... de vivermos mais fácil ... de modo menos complicado e mais acolhedor. Acolhermos nós mesmos. Respeitar os nossos limites e as nossas fragilidades.
Enfim, vivermos melhor, por nós mesmos !!!

Citações de “ A Cabana “:
Qual é o lugar do perdão !!?? “ O perdão existe em primeiro lugar para aquele que perdoa, para libertá-lo de algo que irá destruí-lo, que vai acabar com sua alegria e capacidade de amar integral e abertamente “.
O poder e a compreensão de Deus é ilimitada. Deus diz “ nós nos limitamos ( nos fazemos parecer limitados ) por respeito a você, para nos equipararmos ao seu nível de conhecimento... “
“ Não há possibilidade de se criar ou conquistar a liberdade sem um custo “.


O AUTOR:



Data da resenha: 31 de Agosto de 2.010

Autor da resenha: Márcio A. S. Ferraz

Local: Alameda das Paineiras, 60 - Itapevi – S.P


OBRA: “ O Pequeno Príncipe “

Título Próprio: “ Saudades do Agora “





Autor: Antoine de Saint-Exupéry

Origem da literatura: Francesa

Editora, Data da publicação, Páginas: Ed. Agir, 2009, 93 páginas.

Descrição da estrutura: Obra distribuída em 27 partes ao longo de 93 páginas. Em meio às páginas, existem 47 gravuras ( aquarelas desenhadas pelo próprio autor ), que ilustram cada personagem relevante. A primeira edição do livro é de 1.943, publicada nos Estados Unidos. A edição resenhada é a 48ª.

Obra: Trata-se de um clássico da literatura universal tendo como alvo tanto as crianças como os adultos. Devolve a cada leitor os mistérios da infância. Ressurgem questionamentos e incoerências acomodadas e imperceptíveis na rotina apressada do dia-dia.
O Pequeno Príncipe vivia no asteróide B612, onde cultivava uma rosa com quatro espinhos; revolvia diariamente três vulcões, sendo dois ativos e um inativo; conseguia ver o pôr-do-sol quando e de onde quisesse; planeta pequeno é bom por isso !!!
Resolve fazer uma viagem com destino ao planeta Terra. Antes de chegar ao novo e curioso planeta, passou por seis planetas e teve a oportunidade de conhecer os meandros da “pessoa grande”. Uma aventura, pode acreditar !!!!!
Planeta 1: Um rei sem súditos !!! De que vale a posição social e o dinheiro acumulado se não temos a quem cativar e partilhar nosso dia-dia !!??
Planeta 2: Um vaidoso que não tem alguém que possa admirá-lo !!! Qual o propósito da vaidade !!??
Planeta 3: Um bêbado envergonhado !!
Planeta 4: Um empresário muito ocupado. Uma pessoa que confunde seriedade e ocupação com o bem viver.
Planeta 5: O acendedor de lampião. Pessoa grande que se torna refém do próprio tempo e não mais consegue viver a sua vida.
Planeta 6: Geógrafo importante. Uma pessoa grande que, por se considerar mais importante do que de fato é, não consegue desfrutar as fontes de prazer que sua profissão proporciona.
Planeta 7: TERRA.

Opinião: Existe, na minha opinião, um visível “puxão de orelhas” a cada página digerida por nós e, é claro que quanto mais idade tem o leitor, maior será a intensidade do “puxão de orelhas” e seu impacto. Pelo menos é o que deveria acontecer... O recado dado é de fácil compreensão. Deixamos de lado os pormenores do dia-dia, que são relevantes, geralmente em função de mudarmos a ordem natural das nossas prioridades.
As pessoas grandes ( adultos ), via de regra, têm a capacidade de se tornarem incompetentes no quesito bem estar. Nós provocamos essa situação porque perdemos a sensibilidade de apreciar o simples, perdemos a capacidade de enxergar no detalhe o que é, de fato, importante.
Desaprendemos a cativar o que nos agrada e o que nos pode dar prazer sem esforço. As pessoas grandes entram numa espiral de complicações ( provocadas por elas mesmas ) sem destino. Não se chega a lugar algum, apenas à decepção e ao descontentamento. Essa é regra que criamos !!!
Nos tornamos incapazes de deixar o pequeno príncipe de cada um de nós se perpetuar, de deixá-lo se fazer presente entre nós.

Citações: ...” a linguagem é uma fonte de mal-entendido”...
...” o essencial é invisível aos olhos”...

Ensinamentos: Ao se deparar com um jardim repleto de rosas no novo planeta, o príncipe experimenta uma sensação de inferioridade uma vez que, no seu planeta possuía “apenas” uma rosa !! A mensagem é de que a quantidade não gera mais prazer ou cumplicidade. Então, valorizemos o que temos...
A raposa nos ensina que é necessário cativarmos as pessoas que nos rodeiam através de um exercício permanente, respeitando um ritual.


O AUTOR:




Data da Resenha: 04 de Fevereiro de 2.010

Autor da resenha: Márcio A. S. Ferraz

Local: Alameda das Paineiras, 60 - Itapevi - S.P
OBRA: “ Kafka em 90 minutos “

Título Próprio: “ Ele, Kafka “





Autor: Paul Strathern

Origem da literatura: Americana

Editora, Data da publicação, Páginas: Ed. Zahar, 2004, 102 páginas.

Descrição da estrutura: O livro se compõe de 7 partes, num total de 102 páginas.

Obra: “ Kafka em 90 minutos “ apresenta a biografia e as ideias do escritor demonstrando a importância do autor na literatura mundial, incluindo algumas citações de suas obras principais.
Franz Kafka, nascido em Praga, antiga Tchecoslováquia, atual República Tcheca, em 03 de Julho de 1.883 e morto de tuberculose pulmonar em 03 de Junho de 1.924, aos 40 anos, em Viena, Áustria.
Kafka era judeu, e havia poucos judeus de sucesso nas artes ou na literatura até então. Exceção se faz a um notável pensador judeu de origem holandesa do século XVII, chamado Baruch Spinoza.
Os traços de personalidade de Kafka ( sua própria natureza pouco consistente, além de acreditar na interpretação semântica de seu nome. Kafka significa “ corvo “ ) certamente serviram de alicerce para a confecção de suas obras, sendo que, esses traços estão atrelados à influência tirânica de seu pai, Hermann Kafka.
Kafka tinha algumas características que o perseguiram por toda a vida, influenciando de maneira inequívoca sua obra e sua vida pessoal. Dentre essas marcantes características destacam-se uma visão desiludida da vida, posicionava-se como vítima freqüente de uma auto-análise obsessiva e implacável, além de uma auto-consciência esmagadora. Também sofria de insônia, era hipocondríaco, indeciso ao extremo, tinha hábitos auto-destrutivos e era patologicamente reservado.
Apesar desses “predicados”, Kafka tinha alguns prazeres, tais como o Teatro Iídiche, passear pela Ponte Karlsbrücke, em Praga, fazer longas caminhadas pelo Altadt ( antigo bairro da região central de Praga ) e visitar o Hradcany ( o Castelo de Praga ). Era também prazerosamente atraído pelos escritores Gustave Flaubert e Thomas Mann.
Sua vida pessoal e sentimental fora ocupada, de modo relevante, por três mulheres. A primeira foi Hedwig, depois Felice Bauer e por fim, Dora Dymant.
Sua obra teve uma relação muito direta com seu tirano pai em duas oportunidades. A primeira delas foi um “presente” dado a seu pai, que o esnobou. Tal presente nada mais era que a 1ª impressão da publicação de “ Na Colônia Penal “. Numa segunda oportunidade Kafka esboça um acerto de contas com seu pai ao escrever “ Carta ao Pai “. Pena que esses manuscritos nunca tenham chegado às mãos do Sr. Hermann...

Família Kafka: O pai era Hermann Kafka, a mãe, Julie Löwy, três irmãs, sendo Ottla, a do meio, sua predileta, Eli, a mais velha, casada com o prepotente Karl Hermann. O avô paterno, Jacob Kafka e os tios maternos Alfred, Siegfried ( médico rural ) e Rudolf.

Amigo: Max Brod.

Momento histórico: Durante a vida de Kafka, Praga pertencia ao Império Austro-Húngaro e, juntamente com Dublin ( Irlanda ), compunha um dueto de cidades provincianas da periferia da Europa.
Dublin, em especial, deu origem a algumas pérolas da literatura universal como Oscar Wilde, James Joyce, Samuel Beckett e George Bernard Shaw.
Já a literatura de língua alemã da época era muito bem representada por Thomas Mann, Hermann Hesse e Bertold Brecht.
No campo das artes, em paralelo com a singular literatura de Kafka, surgia na pintura o momento do expressionismo de Marc Chagall.

Opinião: A obra tem a importância de deixar mais transparente a interpretação das obras de Franz Kafka através do detalhamento de sua personalidade e os momentos atrelados aos seus escritos. Trata-se de um pré-requisito para o início de leitura de qualquer obra sua.

Citações: ...” a resposta mais imediata para o absurdo é o riso “...
...” o cotidiano é um tribunal em perpétua sessão “...

Data da Resenha: 30 de Janeiro de 2.010

Autor da resenha: Márcio A. S. Ferraz.

Local: Alameda das Paineiras, 60 Itapevi – S.P




OBRA: “ Jó - Romance de um Homem Simples “

Título Próprio: “ Aprendizado Tardio “






Autor: Joseph Roth

Origem da literatura: Alemã - Européia

Editora, Data da publicação, Páginas: Ed. Companhia das
Letras, 2006, 196 páginas.

Descrição da estrutura: Obra dividida em 2 partes.
A 1ª parte contém 9 capítulos e a 2ª parte contém 7 capítulos, num
total de 196 páginas.

Personagens: Mendel Singer, Débora ( sua esposa ), seus 4 filhos:
Menuhim ( Alexei Kossak ), Schemariah ( Sam ), Jonas e Miriam,
os amigos da América: Skowronnek, Menkes, Groschel e Rottenberg


Obra: Mendel Singer é um judeu russo, de vida e hábitos simples,
dedicado a Deus de forma disciplinada e convicta.
Ainda jovem, 30 anos, tem 3 filhos e uma mulher grávida e mora
de maneira absolutamente modesta numa cidadezinha russa cha-
mada Zuchnow ( hoje pertence ao território que corresponde à
atual Polônia ), no início do século XX - período da 1ª Guerra
Mundial.
É um homem conformado com sua mediocridade e resignado.
Seus filhos têm características muito distintas. Schemariah tem
espírito empreendedor e desbravador, acaba indo para a América,
tornando-se desertor do exército russo no início da guerra. Alcan-
ça o sucesso na América, casa-se e tem 1 filho. Jonas, fisicamente
mais desenvolvido, já intelectualmente nem tanto, sonhava em ser
membro do Exército. Vai para a guerra e desaparece, sem mais
notícias. Miriam era compulsiva. Adorava namoros e transgredir
a ordem natural dos prazeres carnais. Vivia envolvida com os
cossacos. Menuhim, o caçula, foi o ponto de partida para as agru-
ras e revoltas de Mendel. Criança muito doente, epiléptica, invá-
lida... Mendel não acreditava na cura médica. Conformou-se em
ter um filho inválido. Espera a resolução através de Deus.
Na tentativa de preservar Miriam resolve mudar-se para a Amé-
rica junto de Schemariah, mas para tanto considerou ser ínviá-
vel levar o filho inválido. Menuhim fica.
Na América, Mendel, vê a guerra transcorrer. O filho Jonas, sol-
dado do exército russo desapareceu, sem mais dar notícias,
Schemariah ( Sam ) decidiu defender a pátria e foi para a guerra.
Não mais voltou – fora morto em combate. A tristeza implacável
pela morte do filho tirou a vida de Débora, de súbito. Miriam,
traiu o marido que estivera na guerra. Esse ato de inconsequên-
cia lhe custou a sanidade. Fora internada numa clínica de insa-
nos mentais.
Mendel vê-se fora da sua Rússia, sem Jonas, desaparecido, sem
Sam, morto , sem Miriam, insana, sem Débora, a esposa morta e
sem o abandonado e inválido Menuhim.
Sem Deus !! Blasfemando dia após dia.
Recupera parte da sua crença em Deus, parte de sua vontade de
ver a vida, a capacidade de compreender a dimensão do valor do
indivíduo quando encontra um notável maestro, dono de uma
orquestra, reconhecido mundialmente por seu singular talento.
O maestro chamava-se Alexei Kossak.
O maestro era Menuhim.

Opinião: A releitura do livro de Jó, matéria-prima para essa obra, retrata a vida de um resignado, fiel e disciplinado homem
simples perante Deus. Temperamento pouco amável, pouco envolvente, que beirava à insatisfação com sua vida, desprovido de prazeres cotidianos ou de enxergar esses prazeres, o que, em certo ponto, pode ser interpretado como uma incongruência entre sua dedicação a Deus e sua incapacidade de Enxergá-lo nas minúcias do seu dia-dia.
Toda sua saga, a perda infantil de sua fé teoricamente inabalável, seu sentimento de pequenez e mediocridade perante o mundo tem como alicerce seus próprios atos, há que se dizer que muito de seu sofrimento derivou do seu livre arbítrio. Desprezou, abandonou, descartou um filho que se mostrou, num primeiro momento, objeto de infortúnio e chacota perante sua comunidade.
Nem a mudança de continente foi capaz de livrá-lo das lições de
Deus.
Esse sim, um aprendizado que nos encontra de modo implacável qualquer que seja o lugar ou o momento em que estejamos.
Esse é o aprendizado mais doloroso que pode existir.
O aprendizado tardio !!


O AUTOR:



Citações de “ Jó “: “ o ser humano é um insatisfeito “

Data da resenha: 17 de Março de 2.011

Autor da resenha: Márcio A. S. Ferraz

Local: Alameda das Paineiras, 60 - Itapevi – S.P