Chaya Pinkhasovna Lispector (Clarice Lispector), nasceu no dia 10 de Dezembro de 1920, em Chechelnik, na Ucrânia e morreu no dia 09 de Dezembro de 1977, no Rio de Janeiro, de câncer de ovário, aos 56 anos.
Considerada a maior escritora de origem judaica depois de Franz Kafka, foi representante marcante do Modernismo brasileiro.
Passou parte de sua infância e adolescência no Recife e, na sequência, fixando residência e produção literária no Rio de Janeiro.
Através de sua amizade com Lúcio Cardoso, jornalista e escritor mineiro, foi inserida num rol de contatos e amizades com figuras que se encontravam no Bar do Recreio, na Cinelândia, grupo esse formado por alguns literatos como Vinicius de Moraes, Rachel de Queiroz, Cornélio Pena e Otávio de Faria e através da Agência Nacional conheceu Augusto de Frederico Schmidt.
Com seu primeiro salário de jornalista comprou o livro "Felicidade", de Katherine Mansfield que muito a influenciaria ao longo da vida, sendo que ela mesma comentou após sua primeira leitura: "esse livro sou eu"!
Seus primeiros contatos com textos de escritores modernistas foram através de leituras realizadas com o amigo Francisco de Assis Barbosa, estudando obras de Fernando Pessoa, Carlos Drummond de Andrade, Cecília Meireles e Manuel Bandeira.
Afastou-se certo tempo do judaísmo e o processo de retomada ao contato com essa cultura e religião deu-se através de leituras profundas do também judeu Franz Kafka e do filósofo Baruch Spinoza, período esse muito importante para pavimentar a composição de seu primeiro romance, em 1943, "Perto do Coração Selvagem".
Clarice, dominava sete idiomas, português, inglês, francês, espanhol, hebraico, russo e iídiche.
O estilo narrativo de Clarice é definido pelo crítico literário Alfredo Bosi como uma tríade:
1. o uso intensivo da metáfora insólita;
2. o uso do fluxo de consciência;
3. a ruptura com o enredo factual
De modo impressionante, ela escreveu até a manhã do dia do seu falecimento onde, mesmo sob sedativos, ditava suas ideias para sua melhor amiga, Olga Borelli.
Prêmios:
Prêmio Graça Aranha (1943);
Prêmio Carmen Dolores Barbosa (1961);
Prêmio Jabuti (1961 e 1978)
Obras:
Perto do Coração Selvagem (1943);
O Lustre (1946);
Laços de Família (1960);
A Maçã no Escuro (1961);
A Paixão Segundo G.H (1964);
Felicidade Clandestina (1971);
A Hora da Estrela (1977)
IMAGENS: