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segunda-feira, 16 de novembro de 2015

TROVADORISMO




Há uma controvérsia histórica a respeito do início do Trovadorismo.

É a primeira época da literatura portuguesa, iniciada em plena Idade Média, durante a consolidação de Portugal como um Reino independente.

Início em 1198 (ou 1189) quando o poeta-trovador Paio Soares de Taveirós compôs Cantiga da Ribeirinha ou Cantiga de Guarvaia  >  o mais antigo documento da literatura de Portugal.
Essa contiga foi dedicada a D. Maria Pais Ribeiro, uma dama da corte.

Término do movimento em 1418, ano em que Fernão Lopes foi nomeado guarda-mor da Torre do Tombo (responsável pelo arquivo do Reino), dando início ao período do Humanismo.
Esse tipo de literatura fazia-se manifesta através de cantigas (forma oral).

Os poetas-trovadores geralmente pertenciam à pequena nobreza, compunham as cantigas, que eram divulgadas pelos jograis (rescitadores, cantores e músicos) que perambulavam pelas aldeias, usando alaúdes, um tipo de instrumento semelhante a um violão.

A poesia trovadoresca, uma nova moda poética absorvida por Portugal, veio da região da Provença, região do sul da França, que consistia então em compor poemas para serem cantados.
Dessa forma, o trovador (poeta) compunha a letra e a música e o jogral, acompanhado de alaúde, harpa, lira ou flauta, incumbia-se de exibi-la.

A principal característica da poesia trovadoresca tem como tema o amor impossível, em geral a dama cortejada era casada ou pertencia a uma classe social superior à do trovador (ele, via de regra, pertencente à pequena nobreza).

·         TIPOS DE CANTIGAS:

Os trovadores cultivaram dois tipos de cantigas lírico-amorosas:
a)    Cantiga de Amor;
b)    Cantiga de Amigo.

Ao lado da poesia amorosa coexistiu  uma poesia satírica irreverente:
a)    Cantiga de Escárnio ou de Maldizer.


Cantiga de Amor:

Direcionada do homem para a mulher. São cantigas lamentativas, pois o amor declarado é impossível de ser concretizado: a mulher é inatingível.
Nesse tipo de cantiga o trovador se dirige com vassalagem amorosa à dama que adora, por isso trata-a de “mia dona” ou “mia senhor”. 



Cantiga de Amigo:

Esse tipo de cantiga é menos elaborada do que as de amor e os sentimentos são mais declarados.
Embora essa cantiga seja escrita por um trovador, que fala (o “eu-poético”) é uma mulher apaixonada, que lamenta e chora a ausência de seu amado, que a abandona para lutar como cavaleiro ou até mesmo por outra mulher.

Conforme os assuntos abordados nesse tipo de cantiga, elas se classificam em:

·         Pastorelas: assuntos campestres e diálogos com a natureza;
·         Romarias: assuntos relacionados às festas religiosas;
·         Barcarolas: assuntos relacionados ao mar, rios e lagos;
·         Bailias: assuntos ligados à dança.





Cantiga de Escárnio ou de Maldizer:

Sempre há a zombaria destinada a alguém, seja uma pessoa decadente, seja uma pessoa que passou por um problema amoroso.

As cantigas de Escárnio são mais diferenciadas por trazerem uma linguagem mais velada.
Já as de Maldizer apresentam uma sátira bem mais direta, sem camuflagem alguma.





  
·         PROSA FICCIONAL:

O formato em prosa, passou a circular em Portugal a partir do século XIII, quando as Novelas de Cavalaria (originárias das Canções de Gesta francesas, que são narrativas de temas guerreiros), começaram a ser traduzidas.

Nessas novelas sobressai a presença do cavaleiro medieval, que passando por situações muito perigosas para defender o bem e vencer o mal.
Luta pela Igreja Católica, é casto. Fiel, dedicado e disposto a qualquer sacrifício para defender a honra cristã.

Em Portugal, somente as novelas do ciclo bretão (as que tem o Rei Artur como herói) caíram no gosto popular.

As preferidas foram:

·         Amadis de Gaula;
·         A Demanda do Santo Graal.


·         ILUSTRAÇÃO:

Dois filmes ilustram essas novelas de cavalaria:

·         Lancelot   O Primeiro Cavaleiro



Uma bela versão da novela de cavalaria mais popular em Portugal, com Sean Connery no papel de Rei Artur e Richard Gere, no papel de Lancelot.

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      Indiana Jones e a Última Cruzada



A lenda do Santo Graal teve essa versão contemporânea, em que o arqueólogo Indiana Jones vai em busca do cálice no qual o sangue do Salvador foi recolhido.


·         CONCLUSÃO:

ESCOLA:  TROVADORISMO

INÍCIO: 1198 (ou 1189)
OBRA INAUGURAL: Cantiga da Ribeirinha ou Cantiga de Guarvaia.




AUTOR: PAIO SOARES DE TAVEIRÓS
TÉRMINO: 1418