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domingo, 5 de junho de 2011

OBRA:    “ Medéia “


Autor:  Eurípides

Origem da literatura:  Grega  

Editora, Data da publicação, Páginas: 
Ed. Abril,  1980,  54 páginas. 

Descrição da estrutura:    Peça de teatro publicada em 54 páginas.

Personagens:  Medéia, Jasão, Creonte ( rei de Corinto ), Glauce
( filha de Creonte ), Egeu ( rei de Atenas ), Ama, o Escravo, o
Mensageiro e os dois filhos de Jasão e Medéia.

Obra:  Jasão foi destituído do poder por seu tio em Iolcos, uma ci-
dade da Tessália, lugar de reunião dos argonautas.
A condição imposta pelo tio para que Jasão pudesse recuperar o
trono, era que resgatasse o velocino de ouro ( uma pele de carneiro
de ouro ) que fora roubado pelos bárbaros.
Assim, Jasão formou um pequeno exército para se deslocarem até
a Cólquida, uma cidade bárbara localizada numa região que hoje
corresponde ao norte da atual Armênia, a fim de resgatarem o
velocino de ouro.    
Em Cólquida, Jasão conheceu e casou-se com Medéia, uma conheci-
da feiticeira, bárbara, filha do rei local. Uma série de infortúnios leva
Jasão, em dado momento, a fugir da cidade acompanhado por
Medéia, que preferiu acompanhar o marido a permanecer em sua
terra natal ao lado de sua família.
O próximo destino foi Corinto, onde se passa todo o enredo da peça,
que é iniciada pelo lamento da ama dos filhos de Jasão e Medéia
acerca dos últimos acontecimentos, descritos a partir de agora.
Jasão abandonara Medéia e os filhos para constituir uma nova fa-
mília com Glauce, filha de Creonte, o rei de Corinto.
A  peça baseia-se no cultivo do ressentimento e ódio por parte de
Medéia, gerados pela conduta de Jasão.
Ela incorpora os piores sentimentos que possam emanar de uma
mulher traída, humilhada e desprezada pelo então marido, que
não levou em consideração toda dedicação por ela prestada, até
mesmo no momento em que decide abandonar sua cidade e famí-
lia em favor dele.
Inicia-se a sede de vingança, amaldiçoando a família real e seu ex-
marido.
Como se tratava de uma conhecida e temida feiticeira, foi procu-
rada pelo rei Creonte que, por segurança, decide expulsá-la de
Corinto. Ela, muito ardil pede-lhe apenas mais um dia para conse-
guir um abrigo. Esse dia concedido lhe bastaria para executar sua
vingança, e assim foi.
Em bom tempo recebe a visita de Egeu, o rei de Atenas, que lhe
condece exílio em troca de um serviço prestado.
Assim, Medéia pede a Jasão que fique com os filhos sob sua tutela e
através deles envia um presente à princesa Glauce, presente esse
que estava envenenado, o que causou uma morte agonizante à
princesa. O pai e rei Creonte, desavisado, ao ver a filha morta
debruça-se sobre ela e acaba por ter o mesmo destino.
Família real morta, restava Jasão. No entanto a esse não caberia
a morte uma vez que deveria presenciar o desfecho da vingança.
Medéia assassina os próprios filhos e, dessa forma, atingira Jasão
naquilo que deveria lhe ser mais caro, atingindo, assim, o clímax
de sua vingança no momento em que retira do homem Jasão a sua
descendência.
Medéia foge pelo ar num carro guiado por serpentes aladas.

Opinião:  Eurípides demonstra a efetiva participação da mulher
na sociedade grega que era, predominantemente, embriagada pe-
las ações e decisões masculinas.
Utilizando-se de um comportamento contundente da personagem,
que ama e odeia, passa pela condição de ser mulher abandonada e
estrangeira perseguida e não se comporta de uma maneira con-
vencional, ou seja, não aceita o conformismo esperado pelas condi-
ções que lhe foram impostas.
Exalta-se, odeia o mundo que lhe rodeia, vinga-se, mata
e revive ...
Recupera a felicidade ?  Nesse momento, não é o que importa.



                                    O Autor:  Eurípides




Data da resenha:   04 de Junho de 2011    

Autor da resenha:     Márcio A. S. Ferraz

Local:     Alameda das Paineiras, 60   -   Itapevi – S.P


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