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quinta-feira, 9 de junho de 2011

OBRA:    “ Édipo-Rei “


Autor:     Sófocles

Origem da literatura:    Grega

Editora, Data da publicação, Páginas:    Ed. Abril, 1980,  84 páginas.

Descrição da estrutura:  Peça de teatro 



Personagens:  Édipo ( rei de Tebas ), Jocasta ( rainha de Tebas ), Creonte ( irmão de Jocasta ), Laio ( ex-rei de Tebas ), Tirésias ( o adivinho ), rei Políbio, de Corinto ( pai adotivo de Édipo ), Mérope ( mãe adotiva de Édipo ),  Emissário e o Pastor.


Obra:  Laio ( ex-Rei de Tebas ) casado com Jocasta, numa consulta ao oráculo de Del- fos, recebem a notícia de que o filho que teriam seria responsável  pela morte do próprio pai.
Quando nascido, o menino foi entregue pelos pais a um escravo do rei para que prendesse suas pernas com grampos e o matasse. Com pena, o escravo deu o menino a um pastor de ovelhas do reino de Corinto.
O pastor, sabedor de que seu rei , Políbio não poderia ter filhos, o presenteou com o garoto.
Em dado momento de sua juventude o rapaz ouviu dizer que não seria filho legítimo de Políbio e Mérope e receoso, Édipo ( significa “pés inchados”, pelos grampos ) foi até o Oráculo de Delfos para consultar-se e lá recebeu a notícia de que, o que de fato interessava era o fato de que estava predestinado a tirar a vida do próprio pai. Desse destino não haveria como fugir.
Assim, Édipo fugiu do reino de Corinto para evitar que tal profecia se cumprisse. Na estrada, em sua fuga, deparou-se com um grupo e, durante uma briga entre eles, matou todos inclusive o rei de Tebas ( Laio ) seu pai legítimo.
Édipo, com o passar dos tempos veio a tornar-se rei de Tebas e casou-se com a rainha viúva – Jocasta  -  sua mãe biológica.
Édipo, por suas qualidades intelectuais conseguiu fazer com que Tebas se livrasse das contínuas ameaças da Esfinge ao decifrar um difícil enigma proposto por ela.
Tempos depois, Tebas passa por  muitas dificuldades e Édipo decide que Creonte consultasse o Oráculo, onde se descobre que o motivo da má fase vivida em Tebas seria a presença, entre eles, do assassino do Rei Laio.
Édipo passa a investigar o paradeiro do vilão de forma compulsiva, até descobrir que quem ele procurava, de fato, era ele mesmo.
Com a descoberta de Édipo, Jocasta suicida-se e ele usa os alfinetes do vestido da rainha morta para cegar-se.
Assim termina a peça, pai e mãe mortos e filho com a visão perdida.


Opinião:  Dois crimes ilustram essa tragédia, o parricídio e o incesto.
Se pudesse definir com exatidão um ponto de vista, após estudar algumas interpretações a que mais me agradou foi a manifestação de Voltaire.
Ele vê essa tragédia como uma “ luta entre um homem limpo e correto em choque com a astúcia maliciosa dos deuses “. Concordo plenamente.
O tempo todo Édipo se mostra um indivíduo íntegro que tenta a todo custo preservar o pai e fugir dessa imposição do destino. No entanto, ao invés dos deuses perceberem seu empenho e por isso recompensá-lo, livrando-o dessa terrível conseqüência, contrariamente conspiram para que seus esforços sejam invalidados.
Ainda mais raro é terminar a leitura da peça e ter algumas respostas. A peça traduz pergunta na sua essência.
Dentre algumas, Jocasta sabia o tempo todo que Édipo era seu filho?, Se soube apenas no trancorrer da tragédia, por que fez o possível para Édipo permanecer ignorante aos verdadeiros fatos?, Se Édipo seguisse os conselhos de não levar as investigações adiante, o destino teria sido modificado?, Édipo é inocente e foi injustamente punido ou seu destino foi tramado pelos deuses e foi merecido em virtude do seu orgulho e temperamento?, Houve uma conspiração liderada pelo cunhado Creonte?, Devemos consi-
derar que o empenho em ser correto e honesto pode ser uma das razões da miséria humana? Ou trata-se de uma peça que pode ser interpretada somente como uma parábola acerca do fragilidade daqueles que detém o poder?
Percebe-se que todas essas questões ficam sem resposta definitiva e objetiva ao final do texto.
O que é mais marcante em toda essa jornada trágica é que, um texto elaborado há mais de 2.400 anos mostra-se atual quando percebemos a similaridade de um fenômeno.
Ainda hoje a humanidade, vivenciando cada um suas próprias tragédias,  tal e qual Édipo, continua a procurar sua verdadeira identidade.


Citações de “ Édipo-Rei “:      passagem clássica em que o adivinho cego Tirésias confronta seu rei      “ ... ao duplo látego da maldição de teu pai e tua mãe, serás um dia expulso do país em triste pressa; em teus olhos, que hoje pensam ver claro, terás então a treva irreversível! ... ”
“ ...  não conspira, quem nada ambiciona ... “
“ ...  afastar um amigo é como escorraçar a própria vida, bem que tanto se preza ... “
“ ...  palavras ponderadas, de quem caminha e não quer tropeçar ... “
“ ...  soltei a língua mais do que convinha ... “


  O Autor:  Sófocles.














Data da resenha:    07 de Junho de 2011

Autor da resenha:     Márcio A. S. Ferraz

Local:     Alameda das Paineiras, 60   -   Itapevi – S.P

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